A Trégua
Esta narrativa produzida na forma de um diário retrata a trajetória de Martín Santomé, indivíduo às vésperas de fazer 50 anos. Sua esposa morreu há mais de vinte e o protagonista só tem agora seus três filhos. Estes, porém, não ligam a mínima para ele, talvez pela carência de motivos para admirá-lo, já que o pai, um contador frustrado e insatisfeito com seu trabalho, leva uma existência entediante e infeliz.
Apesar de ser meio apático, Santomé tem um intelecto privilegiado, é generoso e dedicou sua vida à criação dos filhos, embora atualmente haja vários conflitos entre ele e seus descendentes. Seu maior desejo é se aposentar, e ele contabiliza os dias que o separam da concretização de seus sonhos, mas é preciso admitir que o personagem não tem a mínima noção do que pretende realizar no tempo que lhe resta de vida.
Tudo se modifica quando uma garota vinte e dois anos mais nova vai trabalhar sob suas ordens. Laura Avellaneda é uma moça reservada, recatada e intelectualmente brilhante. Esta personagem desperta em Santomé um sentimento que ele não julgava mais ser capaz de alimentar. A chama do amor se acende novamente e dá sentido a sua vida sombria, na forma de uma trégua à tristeza que mantém prisioneiro seu coração.
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