O morro dos ventos uivantes
Toda a história, com poucas exceções, é contada pela testemunha ocular de todos os acontecimentos, uma governanta chamada Ellen Dean, ao locatário da propriedade Thrushcross Grange, também traduzida como Granja da Cruz dos Tordos, em Gimmerton, Yorkshire, Inglaterra, enquanto este se encontrava adoentado.
No início da trama, o patriarca da família Earnshaw resolve fazer uma viagem e traz consigo um pequeno órfão, que todos acham ser um cigano, porém sua procedência não é revelada em hora alguma da narrativa, ao qual denominam Heathcliff. Toda a afeição que o pai logo demonstra pelo menino enciuma seu filho legítimo, Hindley, que acha que está perdendo a afeição do pai para o menino. Sua irmã, Catherine, se afeiçoa por Heathcliff. Quando o Sr. e a Sra. Earnshaw morrem, Hindley sujeita Heathcliff a várias humilhações. Este passa a ficar bruto e melancólico. Apesar do amor entre ele e Catherine, ela decide casar com Edgar Linton, por esse ter melhores condições de sustentá-la que Heathcliff. Heathcliff sai do Morro dos Ventos Uivantes e, quando volta, está rico, chamando a atenção de Catherine e despertando ciúmes em seu marido. Catherine tem uma filha de Edgar e morre logo em seguida. Heathcliff resolve se vingar de Edgar e de Hindley. Primeiro se casa com Isabella, irmã de Edgar. Logo após, Isabella se lamenta de ter casado com Heathcliff, abandona-o e tem um filho chamado Linton, enquanto está longe de seu marido. Hindley cai no vício do jogo e da bebida e perde todos os seus bens para ele. Hareton, filho de Hindley, consequentemente, fica sem herança - mas apesar disso, considera Heathcliff uma pessoa de alta moral, não permitindo que se fale mal de sua pessoa. Antes da morte de Edgar, Heathcliff casa Linton e Cathy (filha de Catherine e Edgar). Cathy descobre-se sem bens, quando seu marido Linton morre e Heathcliff apresenta um testamento onde seu filho lhe passava tudo quanto possuía. Pensando já ter se vingado, percebe nos últimos descendentes das casas da Granja da Cruz dos Tordos e do Morro dos Ventos Uivantes o olhar de seus antepassados e a paixão entre os dois, morrendo só em sua loucura e solidão. Como último desejo é enterrado junto com Catherine, seu grande amor. Deste dia em diante muitos juram ver sempre um casal vagando pelas charnecas do Morro.
No início da trama, o patriarca da família Earnshaw resolve fazer uma viagem e traz consigo um pequeno órfão, que todos acham ser um cigano, porém sua procedência não é revelada em hora alguma da narrativa, ao qual denominam Heathcliff. Toda a afeição que o pai logo demonstra pelo menino enciuma seu filho legítimo, Hindley, que acha que está perdendo a afeição do pai para o menino. Sua irmã, Catherine, se afeiçoa por Heathcliff. Quando o Sr. e a Sra. Earnshaw morrem, Hindley sujeita Heathcliff a várias humilhações. Este passa a ficar bruto e melancólico. Apesar do amor entre ele e Catherine, ela decide casar com Edgar Linton, por esse ter melhores condições de sustentá-la que Heathcliff. Heathcliff sai do Morro dos Ventos Uivantes e, quando volta, está rico, chamando a atenção de Catherine e despertando ciúmes em seu marido. Catherine tem uma filha de Edgar e morre logo em seguida. Heathcliff resolve se vingar de Edgar e de Hindley. Primeiro se casa com Isabella, irmã de Edgar. Logo após, Isabella se lamenta de ter casado com Heathcliff, abandona-o e tem um filho chamado Linton, enquanto está longe de seu marido. Hindley cai no vício do jogo e da bebida e perde todos os seus bens para ele. Hareton, filho de Hindley, consequentemente, fica sem herança - mas apesar disso, considera Heathcliff uma pessoa de alta moral, não permitindo que se fale mal de sua pessoa. Antes da morte de Edgar, Heathcliff casa Linton e Cathy (filha de Catherine e Edgar). Cathy descobre-se sem bens, quando seu marido Linton morre e Heathcliff apresenta um testamento onde seu filho lhe passava tudo quanto possuía. Pensando já ter se vingado, percebe nos últimos descendentes das casas da Granja da Cruz dos Tordos e do Morro dos Ventos Uivantes o olhar de seus antepassados e a paixão entre os dois, morrendo só em sua loucura e solidão. Como último desejo é enterrado junto com Catherine, seu grande amor. Deste dia em diante muitos juram ver sempre um casal vagando pelas charnecas do Morro.
O AUTOR E SUA OBRA
A mais talentosa das irmãs Brontë — mulheres que se celebrizaram na literatura inglesa do século XIX —, Emily só teve o seu mérito reconhecido muitos anos após a sua morte. Quando "O Morro dos Ventos Uivantes" foi publicado, em 1847, os críticos o classificaram como uma obra sádica, pervertida e patológica. E tacharam de imaturos os sentimentos da autora. Uma mulher, segundo um crítico inglês, precisaria de um poderoso demônio para se sobressair na Inglaterra vitoriana. Mas Emily o conseguiu. "O Morro dos Ventos Uivantes" é uma obra que não pode ser catalogada em nenhuma escola. Ela é única em seu tempo. Não pertence à tradição nem ao estilo literário dos escritores da época. Uma coisa à parte, apaixonante e terrivelmente melancólica.
Emily Brontë nasceu em Yorkshire, em agosto de 1818. Seus pais eram luteranos pobres, porém cultos. Tendo perdido a mãe aos dois anos, foi criada por uma tia, juntamente com um irmão e mais quatro irmãs, duas das quais precocemente falecidas. Residentes num distrito isolado, onde a educação não tinha avançado, os Brontë não mantinham relações sociais, e viviam uns para os outros. Estudavam e liam muito. As crianças chegaram a criar o reino imaginário de Angria, enchendo vários cadernos com a história de suas guerras, suas leis, seus reis e seus feudos.
A única vez em que Emily saiu de casa foi para estudar francês em Bruxelas. Aí, teve uma vida infeliz, que seria mais tarde retratada por sua irmã Charlotte em "Jane Eyre". Yorkshire era o único lugar em que ela se sentia à vontade em sua solidão. Seus poemas foram descobertos pela primeira vez por Charlotte. Emily ficou muito sentida com a descoberta, mas acabou por concordar em que ambas publicassem juntas um livro de poemas. O livro saiu em 1846 e foi um fracasso.
Pouco depois da publicação de "O Morro dos Ventos Uivantes", Emily ficou muito doente. Recusou qualquer tipo de tratamento, e foi piorando, até que veio a falecer em 19 de dezembro de 1848. Tinha apenas trinta anos de idade.
Sobre sua irmã, diria Charlotte: "Mais forte do que um homem, mais simples do que uma criança, a natureza de Emily erguia-se solitária. Sob uma cultura em nada sofisticada, e gostos em nada artificiais, havia nela um fogo secreto que deve ter lhe inflamado o cérebro e as veias". Charlotte foi uma das poucas pessoas que puderam descrever a personalidade de Emily, uma vez que ela não deixou nenhuma correspondência e a sua obra não nos dá nenhuma chave que a possa decifrar.
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