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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A Arte de Pedir - Amanda Palmer



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A Arte de Pedir


Cantora e compositora, ícone indie, feminista, mulher de Neil Gaiman, agitadora e mobilizadora de multidões online: Amanda Palmer é um retrato perfeito da boa conexão entre o artista e seu público.
Após desligar-se de sua gravadora, Amanda recorreu ao então recém-lançado Kickstarter, site de financiamento coletivo, para conclamar os fãs a colaborar financeiramente para a produção do próximo álbum de sua banda. O projeto arrecadou mais de 1 milhão de dólares, recorde que chamou atenção tanto da imprensa como da indústria fonográfica. Desse episódio surgiu o convite para uma celebrada palestra nos TED Talks. O tema: saber pedir.
Desdobramento inevitável da palestra homônima, o livro A arte de pedir trata essencialmente de recorrer ao outro, sem temor, sem vergonha e sem reservas. Por que não pedimos ajuda, dinheiro, amor, com a mesma naturalidade com que pedimos uma cadeira vazia num restaurante ou uma caneta, na rua, para fazer uma anotação? Pedir é digno e necessário, e é a conexão entre quem dá e quem recebe que enriquece a vida humana, defende Amanda. Longe de ser um manual sobre como pedir, o livro é uma provocação bem-vinda e urgente, que incita o leitor a superar seus medos e admitir o valor de precisar e doar ajuda, sempre.


Resenha da Bel


A arte de pedir não é o que eu chamaria de autobiografia, é mais um livro de memórias com foco na trajetória profissional da cantora, agora também escritora,  Amanda Palmer. Conta sobre a forma como conseguiu superar suas dificuldades e atingir uma carreira de sucesso.
Apesar do título, o livro não se trata apenas de superar a dificuldade de pedir algo, mas também sobre a ligação com pessoas que você não conhece. Amanda domina muito bem a arte de se conectar e interagir com muitas pessoas.

Antes da fama, Amanda Palmer, entre outros pequenos trabalhos, passou 5 anos se vestindo de uma estátua viva chamada "The Eight Foot Bride" (a tradução é algo como "A noiva de dois metros e meio"). Ela menciona sobre esse esse trabalho em sua canção "Glass Slipper”.

I give out flowers
Eu distribuo flores
To curious strangers
para desconhecidos curiosos
who throw dollars at my feet.
que jogam dólares aos meus pés

Ela cita também sobre esse trabalho na música "The Perfect Fit"

I can paint my face
Eu posso pintar minha cara
And stand very, very still
E ficar muito, muito parada
It's not very practical
Não é muito prático
But it still pays the bills
Mas mesmo assim paga as contas

O livro conta um pouco da trajetória de Amanda, histórias muito interessantes e engraçadas. Mas o foco é sobre como conseguiu dinheiro para realizar seu sonho de gravar um álbum independente. Conta sobre a incrível experiência de transformar estranhos em amigos, aprender a pedir, mas também descobrir seus próprios impulsos de dar. Conta como foi capaz de sair pelo mundo para pedir dinheiro para fazer um novo álbum e sair em turnê, e como arrecadou mais de um milhão de dólares em um mês. O livro também conta um pouco sobre sua história de amor com seu marido, o escritor Neil Gaiman.
Amanda é uma mulher incrível e no livro conhecemos também um pouco mais seu marido Neil Gaiman. Eu, que já o admirava como escritor, me apaixonei ainda mais por ele, através dos olhos de Amanda.

Bem, o livro é muito bom e tem um significado muito especial pra mim, pois ele chegou em minhas mãos quando eu passava por um momento muito difícil. Ele veio na hora certa e era exatamente o que eu precisava ler no momento.

Quero compartilhar uns trechos com vocês, mas recomendo que leiam o livro na íntegra, pois vale a pena !!!

"Creio que os seres humanos são essencialmente generosos, mas que nosso instinto de generosidade às vezes enguiça".

"Se peço ajuda, não sou suficiente.
Se peço ajuda, sou fraco.
Não admira que tanta gente nem queira pedir.
Dói demais."

"Por uns quinze dias, penei olhando o Twitter, pois, para cada mil felicitações, havia cem insultos. Era difícil lê-los. 
EU REALMENTE GOSTAVA DA AMANDA PALMER ATÉ ELA COMEÇAR A MENDIGAR GRANA ENTRE OS FÃS.
Tinha gente me chamando de “desavergonhada”, mas resolvi tomar o termo como elogio involuntário. A vergonha não era... ruim? Como o medo? Quer dizer, ninguém usa “destemido” como insulto."

"É sério isso? Esses parasitas querem que a gente pague os luxos deles enquanto tem tantas pessoas que realmente precisam e podiam receber ajuda. QUE FALTA DE VERGONHA!
Não acredito na cara de pau de pedir que os outros financiem o sonho deles. Todo mundo tem sonhos; as pessoas têm é que batalhar por eles e não esperar que os outros paguem a conta. E teve um que realmente comentou (não estou brincando): VÃO TRABALHAR!"

"Já é bastante difícil dar sem medo, mais difícil ainda é receber sem medo. Mas é nessa troca que se encontra a coisa mais difícil de todas.
Pedir. Sem sentir vergonha.
E aceitar a ajuda que as pessoas oferecem.
Não as obrigue.
Apenas deixe."





Amanda e seu marido o escritor Neil Gaiman, que aliás, estão grávidos do seu primeiro filho. Se quiser saber mais sobre a bonita história do casal clique aqui.

Vídeo onde Amanda conta um pouco de sua história e como conseguiu dinheiro para realizar seu sonho. É um pouco longo, mas muito interessante e garanto que se começarem a assistir, irão se esquecer do tempo. 



Fonte: Skoob 
Postado por Bel  /  Matéria Cintia - Josiane

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