Entrevista com Barbara Biazioli + Sorteio

Nesse post temos uma entrevista exclusiva com Barbara Biazioli, autora da série "Clube 13". Agradecemos à ela que gentilmente concedeu essa entrevista muito divertida e esclarecedora à nossa multitarefas Patty, que recentemente, para não dizer nesse momento, foi promovida à repórter.

Patty (CLC) - Quando resolveu se tornar escritora ?

Barbara- Na realidade foi um acidente, jogando RPG surgiram os primeiros esboços de “A Nenphis” que é o livro que eu lancei na bienal esse ano. “Club 13 Gael” acabou acontecendo numa viagem, onde que eu tive oportunidade de conhecer NY. Enfim, foi lá que nasceu o esqueletinho do livro e estamos ai agora.

Patty (CLC) - Como é a realidade de um escritor no Brasil?

Barbara- Olha, eu acho que é uma luta diária. O que eu vi na bienal foram escritores fantásticos, talentosos, maravilhosos, pessoas lindas que eu tive o prazer de conhecer, batalhando, investindo muito dinheiro para mostra seu trabalho. De repente eu me encaixava numa minoria que ficava lá do outro lado, uma minoria de sorte porque apareceram na minha vida pessoas maravilhosas. Pessoas que engatilharam tudo de uma forma que talvez eu não tenha é...sentido tanto o impacto da luta do dia-a-dia e tal. Mas a realidade é essa, o escritor brasileiro ainda é tachado de fraco e não é... A bienal serviu pra abrir os olhos para tantos talentos, tanta gente boa, eu poderia citar um milhão de nomes e ainda ia ficar faltando. A realidade é essa: é uma luta diária mesmo. Talvez eu esteja de um outro lado porque tive um respaldo muito bom , tive a sorte de encontrar uma editora muito boa e só tenho que agradecer.

Patty (CLC) - Quais as maiores dificuldades hoje encontradas para um escritor?

Barbara- Primeiro por ser nacional né?  A gente já...(risos) já recebe critica. Segundo, tudo é cobrado, tudo é caro, por isso eu repito que realmente eu faço parte de uma minoria que teve a sorte de encontrar uma editora que dá total respaldo. Bem eu acho que é isso, financeiramente falando. Quanto a questão de marketing:_ Ah é autor nacional? (humm) A pessoa já fica com um pé atrás. Acho que temos que fazer um trabalho mais elaborado, uma sinopse melhor, e nas resenhas contamos com o apoio dos blogues, enfim é isso.

Patty (CLC) - Quais autores ou obras literárias você mais admira?

Barbara- Dan Brown, J.K Rowling , Paulo Coelho...são vários.

Patty (CLC) - Você tem algum ídolo?

Barbara- Deus acima de tudo, é ele único.

Patty (CLC) -  Como você descreveria a sensação de ter uma obra sua publicada e admirada por vários fãs em todo o país?

Barbara- Olha a ficha ainda não caiu e muita coisa não chega até mim. O que chega é o que o pessoal que faz parte do meu face me diz. Não sei bem qual está sendo a repercussão, não sei te dizer a proporção ou se tem mais gente gostando ou não.

Não tenho a pretensão de agradar todo mundo, o que é muito difícil. Nem Jesus Cristo agradou, que dirá eu, né? Imagine, não tenho essa pretensão. Fico feliz pela oportunidade que estou tendo agora, porque estou com pessoas que gostam do meu livro. Mas mesmo as que não gostaram eu agradeço, porque teve ali seu tempo investido lendo...então só tenho que agradecer. Eu fico honrada, muito mesmo. Sou uma aspirante a escritora, tenho muito a aprender ainda e de repente estou tendo essa cobertura fantástica e leitores dando tanto retorno. É realmente gratificante.

Patty (CLC) - Porque decidiu escrever sobre este tema?

Barbara- NY foi o que me inspirou. Fui ao Central Park e em seguida à Broadway, onde encontrei algumas meninas bailarinas divulgando seu trabalho. O esqueleto do livro já estava pronto um pouco antes e eu só fui acrescentando  alguns detalhes e o lugar que é inspirador. Não tem como você andar por lá e não ter um pingo de inspiração, seja por uma poesia, um livro, uma música, tudo é muito diferente.

Patty (CLC) - Por que você quis que a história se passasse em NY, e não no Brasil?

Barbara- Na realidade foi como eu disse eu estava lá a passeio, férias de família e a historia sobre o clube surgiu lá. Então não teria como eu trazer muitas coisas aqui pro Brasil, não porque o Brasil não tenha estrutura, mas é que naquele momento eu estava diante dos prédios, do edifício da Gael , em que eu me baseei, realmente esse Gael está la. Mas a saga também acontece no Brasil, não posso abrir muita coisa, (risos) mas realmente nosso pais vai ser o privilegiado da saga  com o melhor da historia e com um dos melhores personagens. Ela fecha aqui no Brasil mesmo. Olha que não era nem pra eu ter falado isso. (risos)

Patty (CLC) - Alguma pessoa serviu de inspiração para a construção dos personagens de Clube 13?

Barbara- Olha, eu não seria verdadeira se eu não falasse que alguns livros, que estão por aí bombando, não me serviram de expiração. Quanto aos integrantes do “Club 13” existe uma resposta muito mais complexa em relação a isso. São clubes que todo mundo sabe, todo mundo não, mas muita gente sabe que existem e sabe o que acontece neles. Então uma historia aqui, outra ali. Isso tudo que ouvi foi que o me serviu de inspiração. Fui pegando um pedacinho aqui outro ali,  juntei tudo e me serviu como base. Aí eu tive a ideia de incluir uma espécie de leilão dentro do Clube.

Patty (CLC) -  Qual é a parte do livro você mais gosta ou acha importante?

Barbara- Não que eu goste da morte dela, pelo amor de Deus, mas situação da 'Alice", ela nos mostra o quanto somos iguais, independente do quanto você ganha ou do quanto tem, no final acaba no mesmo lugar. Você pode ser o proprietário de uma importadora ou uma bailarina, pobre ou rico tem momentos na vida em que somos todos iguais. É esse o lado humano e real do livro, eu acho que a parte que mais trago da realidade é ali.

Patty (CLC) -  Tem algum personagem ou parte do livro que mereça mais a atenção dos leitores?

Barbara- Sebastian. Ele não é o protagonista, é um personagem que a principio vai aparecendo nos bastidores de fundo em “Gael”. Em “Acord” ele um vem pouco mais forte e no ultimo livro vocês vão ter uma grande surpresa. O personagem que mais vai aparecer assim que a historia de Evan e Vick terminar é ele.

Patty (CLC) - Existe algum outro motivo pro Evan odiar tanto o Sebastian, além do fato de que ele seria o primeiro a aproveitar a encomenda (Victória)?

Barbara- Na realidade existe uma competição pessoal entre eles, também financeiramente falando. Tem uma discussão deles no livro no jantar beneficente: "_ É, estou sabendo da sua filial" que deixa isso bem evidente. Um sabe muito da vida do outro. Não existe um problema especifico entre eles, até agora, não há uma briga ou algo assim. O Sebastian gosta de dar com a língua nos dentes no clube e acaba fazendo umas provocações ao Evan. O ódio do Evan aumentou ainda mais porque ele se viu apaixonado por uma pessoa que o Sebastian pegaria primeiro. E justo o Sebastian, que já tem fama. Então, como ele já sabe o que vai acontecer, não quer isso de jeito nenhum. É isso, tem muito do Sebastian vindo ai gente.

Patty (CLC) - Alguma coisa mudou na sua vida pessoal depois do lançamento do livro?

Barbara- Não, porque como eu disse, muito do que estão falando do livro não  chega até mim e eu tento manter tudo o mais normal possível. Eu tenho uma vida profissional. Trabalho pra uma empresa muito grande, bem conceituada e não posso deixar de lado minha paixão, mas trabalho com isso a 15 anos. Tento manter tudo normal, o mais próximo da realidade. À noite as pessoa vem conversar comigo nos blogs, ai eu volto minha atenção para esse lado da minha vida e dou toda a atenção a isso. Minha vida pessoal não mudou em nada e na empresa onde trabalho algumas pessoas acabaram descobrindo que escrevo, não sei como, mas uns passam pra outros e o facebook... você sabe né? Um dedo duro acabou me delatando, mas fora isso, saio pra comer pizza, ninguém me reconhece.

Patty (CLC) -  Você não ficou milionária? (risos)

Barbara- Não, nem pretendo.

Patty (CLC) -  Você já tem algum outro projeto em mente para depois de “Clube 13”?

Barbara- Paralelo ao “Club 13” tenho um conto “14 dias “ que será lançado. Tivemos uma proposta durante a bienal, e vai virar livro. Realmente o pessoal gostou e me espantei, porque era um conto apenas para divulgar meu trabalho e só, mas acabaram gostando do Pedro Vilas Boas. Tenho um outro projeto que é um romance, mas ele segue uma outra linha.

Patty (CLC) - Que atores brasileiros você colocaria no papel dos personagens principais se o livro virasse filme?

Barbara- Rodrigo Santoro (suspiros) e Mariana Ruy Barbosa, ela é delicada, tem elegância e não é snobe. Acho ela super simpática, enfim escolheria os dois.

Patty (CLC) -  O que você pensa a respeito dos comentários sobre as comparações do seu livro com "50 tons de cinza"?

Barbara- É logico que eu fico feliz. “Oshi” uma aspirante a escritora que ninguém conhece, ninguém sabe o nome e de repente começa  ser comparada, dizendo que está  copiando “50 tons”! Copiando? Quando chegar em determinada parte do livro vão perceber que não tem nada a ver. Acho que a Patrícia que esta recebendo aqui algumas informações privilegiadas, e tem ideia do quanto não tem nada ver com 50 tons. Nunca nem quis me aproximar disso, não tenho essa pretensão, não tenho um calibre desse porte. Mas isso não me abala não, eu gosto quando as pessoas se surpreendem. Peraí ela está no barracão? E agora o que aconteceu? O que será que realmente aconteceu com essa historia ????? Não sei...

Patty (CLC) - Porque você fez da Vick uma personagem que nos confunde todo tempo?

Barbara- Na verdade a intensão não era essa. Criei uma menina inocente aos olhos do mundo, mas  com seus princípios e valores. Estudei a fundo a personalidade escocesa. Eu não acho ela é tão bobinha, ela é inocente. Eu queria o impacto dela ao descobrir o que Evan fazia e ainda faz, pois até o presente momento ele é o proprietário de um clube de orgias. Queria que isso causasse impacto nela e isso só causaria se ela não tivesse conhecimento do mundo. Quanto ao fato dela ser BV, isso não é tão incomum, eu mesma conheço várias (risos). A intenção não foi confundir ninguém e espero que em Accord seja tudo esclarecido... ou não...

Patty (CLC) -  O que você quis nos mostrar com essa historia? Que lições quer que aprendamos com  Club 13?

Barbara- Que independente do que você tenha ou que você é, por mais dinheiro que você tenha - que de fato dinheiro não traz felicidade - quis mostrar como a felicidade chega até Evan, por exemplo, que um cara rico que  muda e encara a vida de outra forma. Eu não estou falando à respeito da Vick e de como ela levou isso para o mundo dele. Estou falando sobre escolhas. Todos somos iguais e quando  morrermos vai ficar tudo ai mesmo. Minha intenção foi essa.

Patty (CLC) - De Barbara escritora para Barbara leitora, fala um pouco dela pra nós.

Barbara- Olha eu leio direto. Gael fica na cabeceira da cama, Accord, Hanzel (risos), mas quando leio Gael eu vejo uma historia de uma menina que busca amor de uma maneira simples. Para ela não é quanto amor custa, é o quanto vale. Eu gosto muito do que eu escrevo, claro a gente gosta de um filho. Bem é também uma historia de amor e não tem como manter em off que eu fiz também uma historia sobre escolhas. Também é uma história de FÉ.

Patty (CLC) -Barbara muito obrigado por tudo e muito obrigada pela entrevista.

Barbara- O prazer foi todo meu, espero que as meninas do “Cantinho das Leitoras Compulsivas” gostem, pois fiz de coração pra vocês.

Vejam algumas frases do livro e a versão da Bárbara do misterioso Sebastian

                

                  

Recebemos muitos emails perguntando quem é o rapaz que colocamos no post do "Clube 13 - Gael" como Evan (aqui). Ele é um ator, modelo e músico argentino e seu nome é Rodrigo Guirão Diaz. O "muchaco" é demais mesmo. TDB! Apreciem sem moderação :)

Para ficar ainda melhor a Bárbara nos cedeu dois exemplares "Clube 13" - Gael que vamos sortear. A promoção começa agora e dura uma semana. Vamos lá galera, podem começar a se inscrever agora.

Leitores antes eu tenho que fazer um aviso: O livro Gael ainda não foi lançado, isso deve acontecer provavelmente em Outubro. Esse livro que estamos sorteando é um livro que não foi revisado (um piloto), bem como o o ebook, portanto existem nele alguns errinhos, mas que não comprometem em nada a leitura, eu sei pois já li. A capa é a mesma mas a contra-capa é diferente. Lembrando que o livro oficial e revisado só em Outubro (previsão). Só estou esclarecendo para que não existam mal entendidos. 

Quem quiser adquirir o ebook clique AQUI . O livro está em formato =kindle, mas a Amazon libera um programa para baixar e ler. É rapidinho, super seguro e o melhor de tudo, baratinho.

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Fonte: Barbara Biazioli, 

Postado por Bel