O Voo da Libélula
Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino. Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.
Em O voo da libélula, o leitor é guiado pela escrita do detetive
enquanto acompanha a angustiada busca de uma garota por sua identidade.
Agraciado com quatro prêmios na França, entre os quais o Prix Maison de
la Presse e o Prix du Roman Populaire, O
voo da libélula teve seus direitos vendidos para 25 países e ganhará uma
adaptação cinematográfica.
Fonte: Skoob
Postado por Silvia / Matéria Cintia
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